Desaprovação de Lula atinge 57% e é a maior desde o início do mandato, aponta pesquisa Quaest

A mais recente pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), revela que a desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 57%, o maior índice desde o início do atual mandato, em janeiro de 2023. Já a aprovação caiu para 40%, também o menor patamar até agora. Ambos os dados registraram oscilações dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e realizado entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 entrevistas presenciais em todas as regiões do Brasil, com brasileiros a partir dos 16 anos. O nível de confiança é de 95%.


Avaliação Geral do Governo

A avaliação geral do governo Lula também apresentou leve piora:

  • 26% avaliam como positivo (eram 27%)
  • 43% como negativo (eram 41%)
  • 28% como regular (eram 29%)
  • 3% não souberam ou não responderam

Além disso, 61% dos brasileiros acreditam que o país está indo na direção errada, contra 32% que acreditam na direção certa.


Escândalos e medidas populares influenciaram cenário

Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, o cenário revela uma estabilidade “com sabor de desgaste”, provocada por escândalos como o do INSS, que foi reconhecido por 82% da população, ganhando mais atenção que medidas populares do governo. Entre elas, estão a isenção do IR até R$ 5 mil, novo vale gás e desconto na conta de luz para inscritos no CadÚnico.

Também repercutiu negativamente o aumento do IOF sobre compra de dólares: 50% dos entrevistados consideram que o governo errou ao manter a medida.


Percepção da economia melhora ligeiramente

Apesar do aumento da desaprovação, houve melhora na percepção econômica:

  • Caiu de 56% para 48% a parcela dos que acham que a economia piorou.
  • Diminuiu o número de pessoas que dizem perceber aumento nos preços.
  • No entanto, a maioria ainda acredita que o poder de compra está menor do que há um ano.

Aprovação por segmentos

📍 Regiões

  • Nordeste: Lula voltou a ter maioria de aprovação (54%), após empate na pesquisa anterior.
  • Sudeste: Desaprovação subiu para 64%, enquanto a aprovação caiu para 32%.
  • Sul: 62% desaprovam e 37% aprovam.
  • Centro-Oeste/Norte: 55% desaprovam e 42% aprovam.

👥 Gênero

  • Mulheres: 54% desaprovam, 42% aprovam.
  • Homens: 59% desaprovam, 39% aprovam.

🎓 Escolaridade

  • Ensino fundamental: Empate técnico (50% aprovam, 47% desaprovam).
  • Ensino médio: 61% desaprovam, 37% aprovam.
  • Ensino superior: 64% desaprovam, 33% aprovam.

💰 Renda

  • Até 2 salários mínimos: Empate técnico (50% aprovam, 49% desaprovam).
  • De 2 a 5 salários mínimos: 56% desaprovam, 43% aprovam.
  • Acima de 5 salários mínimos: 61% desaprovam, 38% aprovam.

🧾 Beneficiários do Bolsa Família

  • Entre beneficiários: 51% aprovam, 44% desaprovam.
  • Entre não beneficiários: 61% desaprovam, 37% aprovam.

✝️ Religião

  • Católicos: Pela primeira vez, desaprovação supera aprovação — 53% a 45%.
  • Evangélicos: 66% desaprovam, 30% aprovam.

🗳️ Voto em 2022

  • Eleitores de Lula: 74% aprovam, 24% desaprovam.
  • Eleitores de Bolsonaro: 91% desaprovam, 9% aprovam.
  • Branco, nulo ou abstenção: 65% desaprovam, 27% aprovam.

🧑‍🦳 Faixa etária

  • 16 a 34 anos: 60% desaprovam, 37% aprovam.
  • 35 a 59 anos: 59% desaprovam, 38% aprovam.
  • 60 anos ou mais: Empate técnico (52% aprovam, 45% desaprovam).

🎨 Cor/Raça

  • Pardos: 56% desaprovam, 40% aprovam.
  • Brancos: 62% desaprovam, 37% aprovam.
  • Pretos: Maioria voltou a aprovar (52% aprovam, 46% desaprovam).

Comparações com governos anteriores

  • Com Lula 1 e 2: 56% acham o governo atual pior, 20% acham igual, e 20% melhor.
  • Com Bolsonaro (2019–2022): 44% acham o governo atual pior, 40% melhor e 13% igual.

Conclusão

A gestão Lula enfrenta o momento mais delicado de sua popularidade neste terceiro mandato. Apesar de ações sociais e sinais de melhora econômica, a rejeição se consolidou em níveis elevados, afetando até segmentos antes fiéis, como católicos, pessoas com baixa escolaridade e moradores do Nordeste. A percepção de crise e escândalos, como o do INSS, têm sido mais fortes que os efeitos positivos das medidas do governo.

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