Marina Bustamante, ainda muito jovem, já se destaca no cenário da música erudita e sonha alto: tocar no Carnegie Hall, em Nova Iorque, uma das salas de concerto mais prestigiadas do mundo. Sua versatilidade é notável, transitando entre música brasileira, estrangeira, barroca, clássica, romântica e moderna.

“Esse é o sonho de qualquer pianista! Ela também quer continuar se apresentando no exterior. O reconhecimento internacional é muito difícil, especialmente para brasileiros na música erudita, e cada conquista dela merece valorização”, afirma a mãe, Larissa Bustamante.

As premiações mais recentes aconteceram durante uma turnê pela Europa, incluindo participação no Concerto de Gala no histórico Monestir de Pedralbes, em Barcelona, evento que reuniu jovens talentos de vários países.

Sem antecedentes musicais na família, Marina começou seus estudos aos 7 anos e meio na Escola Gabriel Camargo, sob orientação da professora Janne Gonçalves. O progresso foi rápido: em apenas dois meses, concluiu três livros de iniciação e iniciou o repertório erudito. Com nove meses de aulas, participou do primeiro concurso nacional.

Hoje, com pouco mais de dois anos de estudo, já acumula nove prêmios — três nacionais e seis internacionais — e recebeu convites para apresentações em Oxford, Nova Iorque, Barcelona, Girona, Granada e Porto.

A mãe relata que, apesar da pouca idade, Marina encara o palco com coragem e sensibilidade, transmitindo emoção em suas interpretações. Recentemente, em Granada, jurados elogiaram a ‘elegância’ de sua música e a incentivaram a continuar no caminho da excelência.

Rotina de artista

A rotina de Marina inclui prática diária de duas a quatro horas, além de atividades escolares e esportivas. Mesmo em viagens, mantém o hábito, adaptando os horários conforme a programação.

“Talento é importante, mas sem dedicação diária não se chega longe. O apoio familiar é fundamental: no caso da Marina, a mãe organiza horários, viaja com ela e está sempre presente”, observa Janne Gonçalves.

A professora reforça que o segredo para se destacar na música erudita é a persistência e a resiliência. “Muitas vezes, quem chega lá não é o mais talentoso, mas o mais constante. É preciso estudar todos os dias, vencer limites e entender que ninguém nasce pronto: é um processo de construção. É como plantar uma semente e cuidar até florescer.”

Fonte: Folha de Vitória