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Vítimas de violência serão alertadas por celular sobre aproximação do agressor no ES

O Governo do Espírito Santo lançou, nesta sexta-feira (14), o “Programa Mulher Segura”, uma nova estratégia tecnológica para combater a violência doméstica e prevenir feminicídios no estado. O projeto prevê o monitoramento de agressores por meio de tornozeleiras eletrônicas, com aviso em tempo real para as vítimas por celular.

Foram adquiridos 200 conjuntos — tornozeleira e celular — para a iniciativa, que começa a ser implementada na Região Metropolitana, priorizando Vitória, onde três vítimas já são contempladas.

O governador Renato Casagrande (PSB) destacou a urgência: “A gente está reduzindo o feminicídio, até ontem [dia 13] reduzimos 17%, mas temos necessidade de avançar. E, com o programa, esperamos alcançar mais resultados daqui para a frente.” O estado registrou 29 feminicídios neste ano.

Sistema de Alerta em Dois Níveis

A delegada Michelle Meira, da Sesp, explicou que o sistema opera com proteção definida em dois níveis, baseada na distância estabelecida pela Justiça:

ZonaNível de AlertaAção do Sistema
AmarelaAdvertênciaPerímetro de segurança (dobro da zona de exclusão); Central de monitoramento é avisada.
VermelhaExclusão/EmergênciaTornozeleira do agressor vibra; Central é acionada; Vítima recebe mensagem com a localização do agressor em tempo real; Polícia Militar é acionada se agressor não atender a ligação ou descumprir a medida.

A vítima também recebe um celular específico para o programa e pode acionar o “Modo de Alerta 2” pressionando o botão “Preciso de Ajuda”. Neste caso, a central é notificada, e o celular inicia automaticamente a gravação de áudio e vídeo.

Integração e Fases

O prazo para que a mulher esteja integrada ao programa, da ordem judicial à entrega dos equipamentos, é de no máximo 24 horas. Serão contempladas as mulheres que, mediante avaliação do magistrado, apresentarem maior risco de novos episódios de violência.

O programa será expandido gradativamente para Serra, Cariacica, Vila Velha, Viana e Guarapari, e depois para o interior, dependendo da infraestrutura de sinal de GPS e telefonia móvel.

A iniciativa conta com a parceria do Tribunal de Justiça (TJES) e do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

Informações: A Gazeta

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