Valorização do café faz produção agrícola do ES subir no ranking nacional

A participação do Espírito Santo no valor da produção agrícola do País foi de 3%, em 2024, subindo da 12ª para a 10ª posição entre as unidades da federação. Mato Grosso continuou sendo o Estado com maior participação nacional (15,4%). Os dados são da Pesquisa Agrícola Municipal, divulgada nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O café continua sendo o carro-chefe do campo capixaba. Em 2024, a produção total subiu 7,4%, chegando a 881,6 mil toneladas, enquanto a produtividade média cresceu 5,2%. O valor da produção é que o teve maior alta, chegando a R$ 16,7 bilhões em 2024, um salto de 76,8% em relação a 2023, impulsionado pelos preços internacionais.

O conilon, que é a base da produção estadual, manteve estabilidade no volume (+0,9%), mas praticamente dobrou de valor (+71,6%). O arábica foi o grande destaque, com aumento de 32,5% na produção e 93,5% no valor gerado, refletindo produtividade maior e bons preços.

Além disso, o Espírito Santo também aparece como principal produtor do país de pimenta-do-reino e mamão. Em 2024, foram produzidas 73,5 mil toneladas de pimenta-do-reino. A produção de mamão foi de 398,1 mil toneladas, a maior entre os Estados.

A pimenta-do-reino, cultura em que o Espírito Santo é líder nacional, apresentou leve queda na produção (-5,4%), mas o valor mais que dobrou, crescendo 116% e alcançando R$ 2,2 bilhões. O resultado reflete a valorização do produto no mercado internacional.

Os municípios de São Mateus, com produção de 26,2 mil toneladas, Rio Bananal (7,7 mil toneladas) e Vila Valério (6,7 mil toneladas) são os três maiores produtores de pimenta-do-reino do Brasil.

O Espírito Santo também se destacou na produção de mamão, ficando em primeiro lugar entre os Estados. Em 2024, foram 398,1 mil toneladas produzidas (em 2023 haviam sido 352 mil toneladas).

Os municípios que mais produziram mamão no Estado foram Pinheiros (96 mil toneladas), Montanha (90 mil toneladas), Linhares (60 mil toneladas), São Mateus (32,5 mil toneladas), Boa Esperança (30 mil toneladas) e Pedro Canário (21,5 mil toneladas). Pinheiros, Montanha e Linhares foram também os maiores produtores entre os municípios brasileiros.

O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, comentou sobre o resultado do Espírito Santo.

“Os dados expressam a força da agricultura capixaba. O café e a pimenta-do-reino aumentaram a renda rural em 76,8% e 116,6%, respectivamente, e seguem projetando o Espírito Santo no Brasil e no mundo. Esse resultado é fruto do trabalho incansável dos produtores e também do compromisso do governo do Estado em apoiar o campo com políticas públicas, crédito rural, pesquisa aplicada e assistência técnica. Vamos continuar fortalecendo o agronegócio capixaba com boas práticas e boas políticas”, afirma o secretário Enio Bergoli.

Outras culturas

Entre as frutas, o desempenho foi variado:

  • O mamão, produto de forte peso nas exportações capixabas, cresceu 13% em volume, mas registrou queda de 27% no valor da produção, influenciado pela redução dos preços;
  • O abacate dobrou de valor (+101%) e também aumentou em volume (+14%), confirmando sua expansão comercial;
  • O abacaxi teve alta de 16% no valor da produção, mesmo com estabilidade na área;
  • Já a banana, que segue como uma das frutas mais cultivadas no Estado, apresentou crescimento moderado: +3,5% na produção e +10% no valor.

Outras culturas

A soja, ainda pouco representativa no Espírito Santo, encolheu quase 50% em área e 60% na produção.

O cacau manteve produção estável, mas o valor quase triplicou (+193%), reflexo da valorização histórica no mercado mundial;

A cebola surpreendeu, com salto de 87% no valor da produção, graças à maior produtividade;

A mandioca e o milho recuaram em área, volume e valor, mostrando retração no campo;

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