Lady Gaga pediu “I want your love” (Eu quero o seu amore) e milhões de corações na Princesinha do Mar atenderam ao chamado da diva pop. Sob um céu estrelado e o testemunho das ondas, o show em Copacabana, no Rio de Janeiro, transformou a noite em um êxtase coletivo: corpos suados, gargantas roucas e hits que levaram os Little Monsters à catarse. 2,1 milhões estavam presentes, segundo a Riotur.
Como foi o show
“Vocês esperaram mais de dez anos por isso. Eu amo vocês”, declarou Gaga, emocionada, junto a uma bandeira do Brasil. O show marcou não apenas a estreia da turnê “Mayhem” no país, mas o fim de um hiato de 13 anos desde a última apresentação no Brasil, em 2012 — ela precisou cancelar a vinda programada para 2017.
O espetáculo que sacudiu a areia. Às 22h09, as luzes se apagaram ao som dos primeiros acordes, com leques dando o primeiro tom.
“Abracadabra”: Uma roda de fãs tremeu a areia já no segundo número, com um dos maiores sucessos da artista.

Homenagem ao Brasil. Em “Judas”, Gaga trocou a capa vermelha por um look nas cores da bandeira, repetindo o gesto no Ato III, durante “How Bad Do U Want Me”, quando os dançarinos também entraram com a camisa do Brasil.
Para as câmeras: no Ato II (“And She Fell Into a Gothic Dream”), o público acompanhou as coreografias cirúrgicas dos dançarinos, mas elas pareciam voltadas para as lentes. “É um show para a TV”, comentavam os fãs.
Em “Paparazzi”, Gaga performou no fundo do palco, quase invisível a olho nu.Mas ninguém reclamou.
Interação com o público. Gaga convidou um fã, Nicolas Garcia, para novamente declarar-se aos admiradores. “O povo do Brasil é a razão pela qual eu posso brilhar”.
E antes de cantar “Alejandro”, foi às lágrimas.
Canção dedicada à comunidade LGBTQIAP+. Em “Born This Way”, agradeceu aos fãs de todos os gêneros e sexo. E ouviu um coro de “Gays!” na plateia.
“Sinto que minha música significa muito para vocês”, disse ela antes de “Shallow”.

O fim que parecia não acabar
Ao final de “Bad Romance”, fogos iluminaram o céu como um Réveillon antecipado. Gaga sentou-se no palco, maravilhada, enquanto o público — muitos em lágrimas — continuou cantando por quase cinco minutos, recusando-se a aceitar o fim.
E assim o Rio reafirma seu apelido de Cidade Maravilhosa: provou ser o único palco do mundo capaz de oferecer cenário, plateia e paixão ao mesmo tempo.
Fonte: UOL