O CEO da Moderna, Stéphane Bancel, disse a imprensa francesa que a vacina experimental contra o melanoma que sua companhia desenvolveu pode estar disponível já no ano que vem (2025). Este avanço significa uma nova era no combate ao melanoma, especialmente nos estágios III e IV, que são considerados os mais graves.
Após dois anos de testes rigorosos, a vacina já demonstrou uma redução impressionante de 44% no risco de recidiva ou morte em pacientes diagnosticados com melanoma avançado. Os resultados mais recentes dos ensaios clínicos revelaram que, quando combinada com um medicamento imunoterápico, a vacina pode reduzir o risco de morte em até 49%. Isso significa que, em comparação com os melhores produtos disponíveis no mercado, uma em cada duas pessoas tratadas com esta nova abordagem terá uma chance significativamente maior de sobrevivência, um feito notável no campo da oncologia, conforme Bancel.
Diferente das vacinas tradicionais que atuam na prevenção, esta vacina é terapêutica, ou seja, foi desenvolvida para tratar a doença em indivíduos que já foram diagnosticados. Ela trabalha em sinergia com o sistema imunológico do corpo humano, ajudando a combater o agente invasor. Outro aspecto encorajador é que a taxa de efeitos colaterais observada durante o tratamento não apresentou aumento significativo, o que é um sinal positivo na aceitação e segurança do tratamento.
Esse tipo de inovação é crucial em um momento em que o câncer de pele continua a ser uma preocupação crescente em todo o mundo. A pesquisa contínua e o desenvolvimento de novas terapias são essenciais para melhorar as taxas de sobrevivência e a qualidade de vida dos pacientes.
