Artur Pereira Alves, de 9 anos, morreu no Hospital Júlia Kubitschek, em Belo Horizonte, após gritar por socorro devido a agressões sofridas em casa. O caso, registrado em 23 de agosto, ganhou novos desdobramentos nessa quinta-feira (16), quando a Polícia Civil detalhou o andamento das investigações e a prisão temporária da mãe e do padrasto do menino.
Segundo o delegado Evandro Radaelli, responsável pelo caso na 2ª Delegacia Especializada em Investigação de Homicídios Barreiro, Artur chegou à unidade de saúde “muito machucado”, apresentando múltiplos ferimentos provocados por agressões.
“A criança chegou ao hospital com diversos ferimentos e morreu, segundo os médicos, em razão de hemorragia”, detalhou. Testemunhas e depoimentos da própria mãe confirmaram que as agressões eram recorrentes.
Vizinhos do menino relataram à polícia que ouviram gritos de socorro vindos da residência na noite anterior ao internamento. Segundo o delegado, a mãe contou ter pegado o filho no colo após os gritos, momento em que ele desmaiou e não voltou a recobrar a consciência. Em seguida, vizinhos foram acionados para ajudar no transporte até o hospital.
A mãe do garoto, de 24 anos, e o padrasto, de 39, foram presos temporariamente nesta quarta-feira (15) após decisão judicial. A mulher já tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas, com três prisões em flagrante entre 2022 e 2023, enquanto o companheiro dela não tinha passagens anteriores. O pai biológico da criança está preso, também por tráfico de drogas, mas não é investigado pela morte de Artur.
Em um primeiro depoimento, a mãe alegou que Artur teria caído de uma escada molhada na escola. Entretanto, exames médicos descartaram essa possibilidade, constatando hematomas incompatíveis com queda, rigidez abdominal e sangramento nasal. Os laudos apontaram morte violenta por agressão.
Fonte: G5 News