O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou denúncia contra o cantor Marlon Brendon Coelho, conhecido como MC Poze do Rodo, e outras nove pessoas, por suposto envolvimento em crimes de tortura e extorsão mediante sequestro. O caso, ocorrido em 2023, teria como vítima o ex-empresário do artista, Renato Medeiros.
De acordo com o MPRJ, o grupo agiu de forma orquestrada para agredir Renato e forçá-lo a admitir o furto de uma joia pertencente ao funkeiro, algo que, até hoje, não foi comprovado. A promotoria solicitou a prisão preventiva de Poze e de outros seis acusados, com base na gravidade dos fatos e nos indícios apurados ao longo das investigações.
Segundo a 42ª Delegacia de Polícia (Recreio), Renato relatou ter sido espancado com chutes e socos, além de sofrer agressões com uma arma improvisada feita de madeira e pregos. Ele ainda teria sido queimado com cigarros acesos e mantido em cárcere privado por cerca de uma hora e meia. Exames médicos apontaram que o empresário teve diversas fraturas e lesões após o episódio.
O advogado de Renato, Rodrigo Castanheira, afirmou que a denúncia se baseia em provas consistentes colhidas durante a investigação, reforçando a necessidade do pedido de prisão para preservar a ordem pública e o andamento do processo.
A defesa de MC Poze, representada pelo advogado Fernando Henrique Cardoso, declarou que o pedido de prisão é infundado. Segundo ele, o artista tem cumprido rigorosamente as medidas cautelares determinadas pela Justiça nos últimos 30 meses. “Marlon segue respeitando todas as determinações legais e provará sua inocência durante o processo”, destacou.
Além deste caso, Poze também responde a outro inquérito por apologia ao crime e possível envolvimento com o tráfico de drogas. Em junho, ele chegou a ser detido por cinco dias, sendo liberado após o cumprimento de medidas judiciais.
Fonte: A Tribuna