Mais de 270 litros de destilados, como gim, vodca, whisky e rum, foram apreendidos durante uma fiscalização realizada na quarta-feira (8), em Juiz de Fora, com o objetivo de identificar bebidas adulteradas.

A ação também vistoriou 33 comércios na cidade. Um deles foi totalmente interditado por falta de condições higiênico-sanitárias para a comercialização de alimentos. Em outros dois, áreas específicas foram fechadas devido à ausência de condições adequadas e de licenciamento para a manipulação de produtos, principalmente carnes.

Já uma distribuidora no Centro da cidade foi interditada de forma cautelar pelo grande volume de materiais irregulares, principalmente bebidas. A vistoria continua no local nesta quinta-feira (9) para analisar os produtos.

🔎 Todo o material confiscado foi encaminhado para análise ou descartado, devido às infrações encontradas, como ausência de informações sobre lote, rótulos inadequados e sem nota fiscal.

A força-tarefa foi realizada pelas equipes de fiscalização, Vigilância Sanitária, Procon e Guarda Municipal, como parte da Operação “Salus”, que também ocorreu em vários estados em parceria com a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), diante dos recentes casos de contaminação por metanol no país.

Balanço da operação

Números em comércios:https://52838fb8c5dbb7e4408bddf09bb60aea.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-45/html/container.html?n=0

• 25 autos de notificação;
• 16 autos de apreensão;
• 13 autos de infração;
• 15 intimações sanitárias;
• 4 intimações por alvará irregular.

Produtos apreendidos para análise, a fim de verificar a presença de contaminação por metanol ou por algum outro produto:

• 5 litros de gin;
• 7 litros de rum;
• 5 garrafas de whisky bulchanas deluxe (uma de cada lote), por estarem com divergência do padrão de fábrica;
• 3 garrafas de vodca;
• 1 garrafa de vodca ousadia;
• 1 garrafa de coquetel cabaret;
• 5 garrafas de whisky;
• 3 garrafas de gin;
• 1 garrafa de rum;
• 1 garrafa de tequila.

Também foram apreendidos e inutilizados — ou seja, destruídos para impedir o consumo ou a comercialização — os seguintes itens:

• 1 tonel de líquido análogo à cachaça, com aproximadamente 10 litros;
• 1 tonel de líquido análogo à cachaça, aproximadamente 10 litros, e 1 garrafa vencida (rainha da cana, 700 ml);
• 17 garrafas de 275 ml de líquido análogo à cachaça sem rótulo;
• 25 litros de cachaça sem procedência;
• 157 unidades de bebida identificada como cachaça, sem informações de lote e data de envase, com volume aproximado de 78,5 litros — inutilizados no local;
• 170 kg de carnes variadas expostas à venda sem identificação e fora do padrão de armazenagem;
• 5 garrafas de 700 ml de vodca askov;
• 7 litros de bebida alcoólica, supostamente aguardente, descartada no estabelecimento;
• 107 litros de cachaça.

A Operação “Salus” segue ao longo de todo o mês, com novas vistorias em bares e estabelecimentos de todas as regiões do município.

Casos de metanol no Brasil

O que acontece no corpo nas primeiras 12, 24 e 48 horas após beber metanol

O Ministério da Saúde divulgou na quarta-feira uma nova atualização sobre os casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.

Os casos confirmados estão distribuídos por três estados:

• São Paulo (20),
• Paraná (3)
• e Rio Grande do Sul (1).

Entre os casos ainda sob investigação, a maioria também é de São Paulo, que concentra 181 registros.https://52838fb8c5dbb7e4408bddf09bb60aea.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-45/html/container.html?n=0

Na sequência aparecem Pernambuco (24), Paraná (5), Rio de Janeiro (5), Rio Grande do Sul (4), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (4), Espírito Santo (3), Goiás (2), Acre (1), Paraíba (1) e Rondônia (1).

O levantamento aponta ainda cinco mortes confirmadas em São Paulo.

Outros 11 óbitos estão sob investigação: 1 em Mato Grosso do Sul, 3 em Pernambuco, 6 em São Paulo e 1 na Paraíba.

Não há registros em Minas Gerais de casos confirmados e mortes.