Uma operação conjunta entre a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e o Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu mais de duas toneladas de maconha e 15 quilos de skunk, avaliados em R$ 2 milhões, além de uma prensa para pasta base de cocaína, e prendeu dois homens, de 31 e 33 anos, em flagrante nesta segunda-feira (8). Tida como a maior apreensão de drogas na Zona da Mata neste ano, a apreensão aconteceu em um sítio localizado no Recanto dos Brugger, na Cidade Alta em Juiz de Fora.
Segundo a Polícia Civil, a maior parte da droga teria como destino o estado do Rio de Janeiro. As investigações sobre a origem da droga e o proprietário do local de armazenamento ainda continuam.
Batizada de Ceifa, a operação contou com o apoio do núcleo de inteligência da Polícia Civil e quatro policiais do Núcleo de Operações Especiais da PRF do Rio de Janeiro. Segundo o delegado Márcio Rocha, para o combate efetivo do crime organizado, é necessário unir forças entre as agências de segurança pública.
“Não há que se falar em Segurança Pública se não houver integração entre unidades e instituições. Sem essa unidade de operação, a gente não consegue combater o crime organizado. Essa troca de informações é necessária, cada pedaço de informação é importante para um resultado como o de hoje.”
Investigações
Batizada de Ceifa, baseada no aguardo da colheita, a operação já dura mais de três meses. Segundo informações da Polícia Civil, a instituição já estaria monitorando o local e realizando diligências. Com as investigações, foi possível delimitar os veículos utilizados e o local em que a droga estaria armazenada.
Diante de informações de que uma grande quantidade de droga estaria para chegar e que, para isso, membros da organização criminosa iriam ao local para manipular o ilícito, os policiais aguardaram próximos ao local e, ao avistarem um veículo adentrando a propriedade, conseguiram ir atrás e realizar o flagrante.
Ambos os homens presos são moradores de Juiz de Fora. Segundo a PC, a cidade seria o entreposto, com parte da droga sendo distribuída aqui, porém a maior quantidade tendo como destino final o Rio de Janeiro.
A droga foi avaliada em torno de R$ 2 milhões, com pouco mais de duas toneladas de maconha e 15 quilos de skunk – maconha de valor elevado no mercado. Parte das mercadorias embaladas possuía, além de símbolo para identificação da origem da droga, um rótulo com indicações de uso. No local, também foi encontrada uma prensa usada para produção de pasta base de cocaína, mas não havia a droga armazenada.

Atuação integrada
Segundo o agente de operações especiais da PRF, Thiago Codeço, a PRF vem trabalhando de forma conjunta com a Polícia Civil de Minas Gerais com a finalidade de troca de informações e combate ao crime organizado. “Hoje em dia, nós sabemos que existe um intercâmbio muito grande entre as facções, que levam braços para outros estados. Como somos do grupo de Operações Especiais do Rio de Janeiro, mas como essa droga teria ligação com os dois estados, nós viemos para auxiliar a operação.”

BR-040 como rota
O agente também explica que a BR-040, que liga Rio de Janeiro à Brasília, tem como função a ligação de vários estados, mas também é utilizada para o escoamento de material ilícito.
“É uma via que é muito utilizada para escoar entorpecentes e também tem sido usada para o tráfico de armas. No caso de hoje, Juiz de Fora foi utilizada como entreposto para essas 2 toneladas de drogas.”
Fonte: Tribuna de Minas