O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta terça-feira (7) a criação de um comitê de enfrentamento à crise provocada pela intoxicação por metanol em bebidas adulteradas. A decisão foi tomada após uma reunião em Brasília com representantes da indústria de bebidas e de entidades dedicadas ao combate à falsificação.
Segundo Lewandowski, o grupo terá atuação informal e funcionará como um canal permanente de comunicação entre o governo federal e o setor produtivo, com o objetivo de acelerar medidas de controle e intensificar a fiscalização.
“Chegamos à conclusão de que seria importante montar um comitê de enfrentamento da crise do metanol. Um comitê informal, onde possa haver troca de informações e anúncios de providências tanto do setor público quanto do setor privado para avançarmos na solução deste problema”, afirmou o ministro.
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil já confirmou 17 casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas adulteradas, e 200 casos suspeitos estão sendo analisados.
Estabelecimentos notificados
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) identificou e notificou 30 estabelecimentos suspeitos de comercializar bebidas adulteradas, além de 25 distribuidoras e associações que foram acionadas para prestar esclarecimentos.
Segundo Paulo Pereira, secretário nacional do Consumidor, as notificações ocorreram nos estados de São Paulo, Pernambuco, Distrito Federal, Santa Catarina e Paraná.
“Os estabelecimentos notificados são suspeitos de ter vendido a bebida adulterada. Agora será analisado se foram os responsáveis pela adulteração”, explicou.
Lewandowski ressaltou que o objetivo do governo não é prejudicar o setor de bebidas, mas sim identificar e punir os responsáveis pela adulteração.
“É preciso separar o joio do trigo para identificar quem está agindo de forma criminosa e preservar quem atua dentro da lei”, destacou o ministro.
Informações: Itatiaia