Com o auxílio da Prefeitura de Niterói, família acionou a DPU para que seja realizada novo exame no corpo de Juliana Marins
A família de Juliana Marins, jovem encontrada morta quatro dias depois de cair de uma trilha, na ilha de Lomboke, na borda do vulcão Rinjani, afirmou, por meio das redes sociais, que acionou a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), com auxílio da Prefeitura de Niterói (RJ), para que fosse solicitada à Justiça Federal nova autópsia no corpo da brasileira.
“Acreditamos no Judiciário Federal brasileiro e esperamos uma decisão positiva nas próximas horas”, escreveu a irmã de Juliana, Mariana Marins.
A primeira autópsia, realizada em Bali e divulgada na sexta-feira (27/6), afirma que a jovem morreu após um trauma contundente, resultando em danos a órgãos internos e hemorragia. Apesar disso, as informações divulgadas pela Basarnas, agência nacional de buscas e resgates do país asiático, apresentam divergências daquelas divulgadas pelo médico legista que examinou o corpo.
Segundo o legista Ida Bagus Alit, responsável pela autópsia, Juliana teria morrido entre 1h e 13h da quarta-feira (25/6), no horário local — o que equivale a entre 14h de terça-feira (24/6) e 2h de quarta-feira, no horário de Brasília. A estimativa diverge com a declaração feita pela Basarnas, que informou ter encontrado Juliana já sem vida na noite de terça-feira (24/6).
“De fato, é diferente da declaração de Basarnas. Há uma diferença de cerca de seis horas em relação ao horário declarado por eles. Isso se baseia nos dados de cálculo do médico”, disse o legista à imprensa local.
A divulgação da autópsia também causou polêmica. Mariana Marins, irmã da brasileira, chegou a gravar um vídeo, na sexta, reprovando a atitude do médico legista que realizou o exame no corpo da brasileira, isso porque, segundo a família, o profissional concedeu uma entrevista coletiva para a imprensa antes de informar os familiares sobre a causa da morte de Juliana.
Ainda de acordo com o especialista forense Ida Bagus Alit, em entrevista à imprensa local da Indonésia, a estimativa é que Juliana Marins tenha morrido no máximo 20 minutos após sofrer os ferimentos.
“Minha família foi chamada lá no hospital para poder receber o laudo, porém, antes que eles chegassem, antes que eles tivessem acesso a este laudo, o médico legista achou de bom tom fazer uma coletiva de imprensa para falar para todo mundo que estava dando o laudo, em vez de falar para a família antes. É absurdo atrás de absurdo, e não acaba mais”, afirmou Mariana.
Aguarde mais informações.
Fonte: Metrópoles