Recentemente, o ovo de Páscoa ficou 19,44% mais caro nos supermercados, de acordo com a prévia da inflação de março divulgada pelo IBGE. Essa alta representa um desafio para os consumidores, que já enfrentam um aumento acumulado de 25,88% nos preços desde o início do ano. A elevação dos preços é reflexo da alta global da commodity e de outros fatores que impactam diretamente a produção.
O Brasil, que atualmente produz 45 milhões de toneladas de cacau, enfrenta uma queda de 22,4% em relação ao ano passado, segundo a ABICAB. A situação é ainda mais crítica, pois em dezembro passado, o preço da tonelada do cacau subiu 163% em comparação ao mesmo mês de 2023. Especialistas apontam que problemas climáticos em países africanos, responsáveis por 70% do fornecimento mundial, são uma das principais causas desse aumento.
A indústria do chocolate tem procurado maneiras de mitigar o impacto dessa alta de custos, como reduzir o tamanho dos produtos ou misturá-los com outros ingredientes. Entretanto, essas tentativas podem ser desafiadoras nesta Páscoa, quando a demanda por chocolate aumenta significativamente. Os ovos à venda atualmente utilizarão cacau adquirido durante o pico de preços do ano passado, refletindo essa carga de custos nos preços finais aos consumidores.
Um aviso em um ovo de Páscoa nas lojas Americanas gerou grande repercussão nas redes sociais. No folheto, a empresa sugere que o pagamento seja feito por meio da antecipação do saque-aniversário do FGTS.
Em resposta, a Americanas informou que esse produto financeiro é amplamente utilizado por diversos setores, incluindo o varejo, e que, com a criação do saque-aniversário, passou a ser uma opção para compras em várias categorias de sua rede de lojas.
A empresa ressaltou que a utilização dessa forma de pagamento é uma opção adicional para os consumidores.
Fonte: Guia Estado
